CLÍNICA MÉDICA DE IMPLANTOLOGIA

Breve história da anestesia na medicina dentária

10 Maio, 2021

Retirar a dor nas cirurgias era uma prioridade e dessa necessidade nasceu a anestesia dentária. Conheça aqui a sua história, com transformações cada vez mais tecnológicas

Se hoje em dia está completamente normalizado o conceito de anestesia e as escolhas podem ser as mais variadas e cada uma dependente do caso, a verdade é que no seu começo, há mais de 150 anos, as opções eram mínimas e com um conforto para o paciente que não é sequer comparável à realidade dos dias de hoje.

É sobre toda esta evolução da história da anestesia dentária que falamos neste artigo, de modo a que perceba e se sinta confortável e confiante com todas as alternativas existentes.

O termo anestesia (do grego an, privado de + aísthesis, sensação) foi sugerido pelo médico e poeta norte-americano Oliver Wendel Holmes. A palavra, entretanto, já existia na língua grega, tendo sido empregada no sentido de insensibilidade dolorosa pela primeira vez por Dioscórides, no século i d.C.

A introdução à história da anestesia dentária

A história da anestesia dentária começa no ano de 1844, pelo médico dentista norte-americano, Dr. Horace Wells. É ele o pioneiro no uso de anestesia em medicina dentária, ao utilizar óxido nitroso para sedar um paciente durante uma extração dentária. Infelizmente teve outras situações caricatas durante a administração do gás,  nomeadamente o doente continuar a sentir dor durante o procedimento; numa delas um dos seus pacientes chegou mesmo a perder a vida. Mas tenha calma, estamos a falar de situações com mais de 150 anos onde todas as possibilidades eram experimentadas para se chegarem a conclusões clínicas. Hoje em dia todas as anestesias são administradas com conta, peso e medida.

Dois anos mais tarde, em 1846, foi outro médico dentista, o Dr. William Morton a anestesiar o seu paciente com éter – utilizando um aparelho inalador criado pelo próprio. Este médico dentista sempre teve um currículo invejável na altura, pois era dos únicos que podia garantir extrações dentárias sem qualquer tipo de dor.  O sucesso destas cirurgias era tão grande que na altura criava-se uma espécie de eventos públicos, de modo a que a plateia pudesse assistir ao acontecimento ao vivo – conhecido como ether parties ou ether frolics.

 

A iniciação à anestesia local

A anestesia local é definida como um bloqueio reversível da condução nervosa, determinando perda de sensações sem alteração do nível de consciência. De um modo geral, a ação deste tipo de anestesia restringe-se ao local onde é aplicada. No caso da medicina dentária, na boca do paciente.

Em 1860 surgiu a primeira cirurgia com recurso a este tipo de anestesia, pelas mãos de Niemann. E o produto usado não poderia ser mais caricato, imagine-se, cocaína. Esta técnica continuou assim por mais 56 anos, até que Einhorn introduziu a procaína, já que o anterior tinha um efeito completamente viciante. Este anestésico local foi dominante em cirurgias na primeira metade do século XX. Neste espaço de tempo foram criadas condições para a descoberta de novos modos de anestesia local. Em 1943, Lofgren, sintetizou a lidocaína, uma das anestesias atuais mais utilizadas para dor local, em pequenas cirurgias.

Hoje em dia existem dois tipos de anestesia local no mercado: os ésteres e as amidas, sendo que em medicina dentária recorre-se maioritariamente às amidas.

 

O uso da técnica intra-óssea

A viragem do século XIX para o XX, traz com ela a introdução da técnica intra-óssea (1910). Masselink foi o autor desta nova técnica no mercado dentário, onde num artigo da Revista The Dental Cosmos revelava “o uso de uma técnica anestésica que envolve a perfuração da cortical óssea maxilar com uma broca redonda de carboneto e a inserção de uma agulha extra-curta, para deposição da solução anestésica, através desse orifício, técnica então chamada de intra-óssea. Com este novo meio conseguiu-se reduzir a dor em certos procedimentos dentários.

A partir daqui, estudou-se muito sobre esta área para perceber todos os contornos existentes a nível ósseo, bem como todos os instrumentos que estão envolvidos nesta técnica- falamos de agulhas e brocas, por exemplo. A ideia geral seria sempre o de usar cada vez mais instrumentos e apostar na tecnologia que se foi evidenciando a meio do séc.XX.

 

A viragem para a anestesia moderna

A partir de 1943, com a introdução da lidocaína, iniciou-se uma nova era da anestesia na medicina dentária, já que houve uma melhoria drástica nas questões relacionadas com segurança do paciente, eficácia da administração e reações alérgicas.

 

Diversidade de anestesias com todo o  conforto e segurança com base na tecnologia – o posicionamento da CMI

anestesia sem seringa the wand
Anestesia sem seringa The Wand STA

Felizmente neste novo século a anestesia dentária tem sofrido uma grande evolução graças às tecnologias emergentes. Nas linhas abaixo falamos de algumas opções anestésicas presentes na nossa clínica dentária e bastante apreciadas pelos pacientes.

Anestesia “The Wand STA”

A seringa é algo que ainda hoje assusta alguns pacientes e esse foi um dos aspetos essenciais para a mudança. Desta forma surgiu a anestesia local sem seringa, um aparelho que se assemelha a uma caneta e que permite a administração da anestesia na boca do paciente. Na CMI (Clínica Médica Implantologia) utilizamos a tecnologia The Wand STA, uma das mais eficazes no mercado.

Uma das funcionalidades deste sistema é anestesiar, de uma forma mais segura, apenas o ligamento periodontal onde se insere o dente, proporcionando uma experiência muito mais agradável para o paciente, dado que minimiza consideravelmente a dormência desnecessária da língua, lábios e restantes músculos faciais.

 

Sedação

Para aqueles que sofrem de ansiedade ou medo extremo de serem submetidos a procedimentos dentários, particularmente a atos cirúrgicos, poderá estar indicado outro tipo de abordagem, mais ligada à sedação. Recorrendo a esta técnica, temos duas opções: a sedação inalatória consciente e a sedação endo-venosa.

Grande parte dos especialistas, considera a sedação inalatória consciente como o sedativo mais seguro na medicina dentária. É utilizado óxido nitroso (conhecido como gás hilariante) – uma combinação de azoto e oxigénio, que é administrado através de um equipamento próprio para o efeito. Este tipo de sedação permite que a pessoa relaxe, gerando uma sensação de bem-estar. A segunda opção, a sedação endo-venosa, implica a administração da substância anestésica no interior de uma veia. Esta substância contém soro com fármacos que vão relaxar imediatamente o paciente, tornando a consulta dentária extremamente descontraída.

É possível realizar este tipo de sedação na nossa clínica mediante a presença de uma equipa médica especializada, contratada para o efeito.

 

Anestesia geral

Outra das opções possíveis na nossa clínica dentária, porém menos utilizada pelas desvantagens óbvias, prende-se com a anestesia geral. Esta permite anestesiar o corpo todo do paciente, sendo que este permanece inconsciente durante toda a cirurgia. Porém, só é possível realizar este tipo de anestesia num bloco operatório certificado.

Lembramos também que a CMI aposta muito na vertente humana dos médicos dentistas. O modelo dos nossos tratamentos inclui também uma conversa prévia com o paciente, uma descrição simples do tipo de anestesia a utilizar, o que vai acontecer no procedimento cirúrgico e no fim felicitar-lhe pelo excelente comportamento durante aquelas horas de tratamento. O nosso trabalho é sempre em conjunto com a palavra dos nossos pacientes! A história da anestesia dentária cresceu ao longo dos séculos e na CMI estamos preparados para lhe oferecer as melhores e menos invasivas soluções tecnológicas, contacte-nos.